O Senac em São Luís realizou na última sexta-feira, 03, na área de vivência da unidade, o Projeto Integrador “O aproveitamento da macaxeira como alimento sustentável na culinária das famílias de Paço do Lumiar (MA)”, desenvolvido pelos alunos do curso de Salgadeiro, ofertado pelo do Programa de Inclusão Social – Senac Faz Sua Parte na ONG Liga pela Vida de Paço do Lumiar, no Maiobão.
A aluna Nonata Castro buscou a ONG no intuito de ter informações sobre um curso de artesanato, mas lá havia uma vaga para o curso de Salgadeiro, o que chamou 
sua atenção, já que é uma das várias formas de adquirir uma renda extra. “Chegamos no curso sem saber manipular nem as massas, mas através do conteúdo repassado em sala de aula conseguimos desenvolver o projeto integrador, com a criação do salgado à base de macaxeira. Tivemos uma atitude empreendedora e sustentável, aproveitamos a macaxeira para preparar vários salgados, como coxinhas e rocamboles”, disse a aluna.
Estatísticas diversas revelam que o Brasil encontra-se entre os países que mais desperdiçam alimentos e que possuem índices alarmantes de falta de alimentos e insuficiência financeira em inúmeras famílias, situação evidenciada em municípios como Paço do Lumiar (MA). “Os cursos gratuitos oferecidos pelo Senac tem ajudado muito a comunidade a desenvolver potenciais e grandes aprendizados, estamos muito felizes pois esse curso na área de alimentos trouxe conhecimentos novos para nós, desenvolveu descobertas que nos surpreenderam na apresentação do projeto. Todos os que participaram do trabalho saborearam dos salgados apresentados aqui, gostaram muito dessa descoberta, pois o salgado foi feito da parte mais dura da macaxeira, que muitas vezes vai para o lixo, e descobrimos um potencial nisso”, ressaltou o presidente da ONG Liga pela Vida, Arcemar da Silva Nascimento.
A instrutora do curso, Glória Guerreiro, explica que o projeto também é desafiador, pois foi criado um tipo de salgado que não existia. “Nos primeiros dias surgiu a ideia do caroço de jaca cozido para fazer massa, nós experimentamos e ficou bom, entretanto, não tínhamos como ter tanto caroço de jaca em um período curto, aí mudamos de ideia, foi quando pedi para as alunas cozinharem uma macaxeira e a macaxeira ficou muito dura, era aquela macaxeira que popularmente o feirante não vende, joga no lixo”, destacou. “Foi então que sugeri fazer uma massa e a manipular essa macaxeira com um frango, misturamos a massa e deu certo, daí surgiu o nosso salgado croquete de macaxeira”, continuou. “É muito gratificante ver que a gente fez parte desse processo, a gente sabe que aprendizagem é uma via de mão dupla, eu mando daqui, minhas alunas mandam dali e a gente vai construindo um aprendizado, não tem reconhecimento melhor do que esse”, finalizou.
