Você está visualizando atualmente De aluno a instrutor do Senac: conheça a trajetória do garçom Aldo Martins

Por: Endy Alves

Nascido em São Luís no dia 17 de maio de 1991, Aldo Alves Martins, caçula de uma família de quatro irmãos, sonhava em ser jogador de futebol, mas o destino reservou outro futuro para ele. Sua vida começou a mudar a partir de 2011 quando decidiu fazer o curso de Garçom no Restaurante Escola do Senac no Maranhão. No ano seguinte, o filho do chefe de cozinha Antônio Miguel Frazão Martins e da dona de casa Elenice Alves Martins, foi medalha de bronze na Olimpíada do Conhecimento 2012, colocando o Maranhão em destaque nacional. A partir de então, tornou-se garçom e instrutor do Senac, e até hoje vem compartilhando com alunos e clientes sua experiência de vida e carreira.

O que sonhava em ser quando era criança?

Sempre sonhei em ser jogador de futebol, até cheguei a participar de escolinha, disputar campeonatos, e aprendi muito em relação à disciplina, comportamento e educação. Sou muito grato em ter participado porque reconheço que o esporte ajuda bastante nesse sentido, e percebo que muito da minha educação também se deve a isso.

Onde estudou? (Ensino fundamental e médio) O que achava da escola?

No ensino fundamental estudei na Escola Roseana Sarney, próxima aqui do bairro em que moro, era uma escola bem simples, não tinha tanta estrutura, mas o fato de ser próxima de casa foi o que me fez estudar durante muito tempo na escola.  Já no ensino médio, minha mãe queria que eu estudasse em uma escola melhor, aí fui transferido para a Escola Modelo, que fica no Centro, ali sim foi uma boa escola, onde pude ter uma preparação melhor, e era uma escola muito boa, tinha uma estrutura para fazer esportes.

Durante seu crescimento, você e sua família enfrentaram provações? Como foi essa época da sua vida?

Ao longo do meu crescimento, meus pais sempre foram muito dedicados em relação à minha criação e dos meus irmãos, no que diz respeito à boa educação. Todos os objetivos que eu tinha eles sempre estavam do meu lado e é assim até hoje, então acredito que o sucesso da gente depende muito da base familiar que nós temos, esse foi o meu grande alicerce até hoje, tendo sempre minha família ao meu lado, meus pais, irmãos e as pessoas que realmente gostam de mim.

O que gosta de fazer nas horas de lazer?

Gosto muito de viajar, já viajei bastante, mas ainda quero conhecer outros lugares, então sempre que tenho um tempo, alguns dias livres, eu planejo uma viagem ou algum passeio.

Por que você escolheu fazer o curso de Garçom?

Eu tinha como objetivo um emprego, e é uma área que sempre está em busca de profissionais, e também pelo crescimento na cidade, no shopping, restaurantes… imaginava que com esse curso as oportunidades seriam maiores.

O que sentiu quando foi classificado para participar da Olimpíada do Conhecimento?  

Fiquei muito feliz porque a gente ainda conhecia pouco da competição, mas já imaginava que era uma oportunidade única, que pudesse ter um grande crescimento enquanto pessoa e profissional.

Como você descreve a sua participação na competição?

Tendo em vista que foi a segunda vez que o Senac no Maranhão participou, posso dizer que tivemos um resultado muito expressivo. No nosso Estado, nem o Senac nem o Senai tinham conquistado uma medalha antes. Minha participação em 2012 foi quando o Maranhão conseguiu trazer uma medalha e mostrar para os outros Estados que nós temos potencial, podemos crescer na competição. Voltamos com uma bagagem muito grande de conhecimento sobre a competição e questões técnicas da nossa área, então aprendemos bastante. Crescemos bastante, temos mais segurança, das nossas técnicas e do nosso trabalho, e foi importante também para colocarmos nosso Departamento Regional em destaque no cenário nacional, e o fato de conquistarmos o 3º lugar em 2012 trouxe uma expectativa grande de bons resultados futuros também.

Qual foi a sua reação ao receber a medalha de bronze?

Foi uma sensação excelente, acredito que um dos dias mais felizes da minha vida até hoje, sem dúvida nenhuma, porque realmente é muito emocionante. Lembro que o estádio estava lotado durante a cerimônia de encerramento, e ter sido um dos alunos do Maranhão a subir ao palco e receber a medalha entre vários alunos de outros Estados realmente é uma emoção muito grande.

Após voltar com a medalha de bronze, você foi contratado como instrutor do Senac, já esperava que isso aconteceria?

Esperava que pudesse acontecer, até mesmo porque antes de eu ir para a competição, as pessoas já comentavam que eu seria instrutor, que iria ficar no Senac por conta da minha postura no dia a dia, nas aulas, meu comportamento, perfil que eu apresentava dentro da Instituição ainda mesmo como aluno. 

Como você descreve sua profissão? Gosta de dar aulas?

Minha profissão é muito satisfatória, gosto muito do que eu faço. O fato de ter participado da competição também exige mais de mim, porque a gente acaba tendo uma responsabilidade maior, muito grande mesmo de poder servir de espelho para outras pessoas, e isso trouxe também um desejo pessoal de poder ajudar outros competidores. Considero minha profissão como muito prazerosa, gosto do dia a dia da Instituição, gosto de fazer parte da equipe, afinal de contas, é uma forma de retribuir o que o Senac me proporcionou, já que me preparou para participar da competição e ser um profissional de excelência, então, busco ter um bom desempenho no trabalho diariamente, seja em sala de aula, ou na prática do salão do Restaurante Escola.

Qual foi a sua maior experiência vivida em sala de aula?

Minhas grandes experiências foram após a competição, quando participei dos treinamentos dos competidores Karine de Melo e Matheus Lobato, e pude vê-los alcançar grandes resultados, que realmente foram a nossa crescente na competição, com a medalha de prata da Karine e a agora a medalha de ouro do Matheus. Poder participar desse treinamento e ver que, de alguma forma, contribuímos na vida profissional de outras pessoas é muito gratificante.

O que mudou em sua vida após entrar no Senac?

Simplesmente tudo. O fato de ter feito o curso e ter sido escolhido pra participar da competição, ter alcançado um bom resultado, tudo isso fez com que minha vida desse um salto muito grande em um espaço de tempo bem curto, então em mais ou menos um ano minha vida mudou bastante. Passei a ter uma profissão, a ter um emprego após a competição, e isso me deu melhores condições de vida, condições de sonhar mais alto também, e tudo o que eu conquistei na minha vida foi graças à Instituição, graças ao Senac, pois me abriu portas enquanto profissional, me fez ser reconhecido, tanto aqui quanto nacionalmente também.

O que a instituição representa para você?

O Senac para mim significa uma segunda família, afinal de contas a Instituição faz parte da minha vida, e sou muito grato também pelas pessoas que me ajudaram bastante no meu início, quando eu era aluno, e eu reconheço até hoje isso. Fazer parte do Senac exige de você um aperfeiçoamento constante, porque querendo ou não você tem uma grande responsabilidade que é de representar um profissional da Instituição, então a cada dia a gente tenta estar melhorando para estar sempre correspondendo no que diz respeito ao profissionalismo e ao perfil profissional que é exigido.

Se fosse indicar o Senac para alguém o que falaria a essa pessoa?

Procure o Senac porque vocês vão encontrar profissionais competentes que podem contribuir com a formação profissional de excelência, que é o que hoje o mercado exige, afinal de contas o Senac está há mais de 70 anos no mercado, formando profissionais com excelência. Acho que esse é o grande diferencial do Senac em relação a outras instituições.